As vendas do comércio físico brasileiro tiveram retração de 1,4% em abril de 2021, quando comparadas com o mês anterior. De acordo com o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, o segmento de Tecidos, Vestuário, Calçados e Assessórios puxou a baixa geral, com declínio de 18,7%, resultado que revela uma queda em desaceleração para o setor, já que em março/21 o tombo tinha sido de 28,7%. Todos os outros segmentos, exceto Veículos, Motos e Peças, registraram diminuição.
De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o comércio segue refletindo os impactos da pandemia e um novo modelo de consumo, regido pela necessidade. “Em abril, as medidas necessárias de distanciamento social e as restrições de funcionamento dos comércios continuaram dificultando a retomada das vendas. Outros fatores que contribuíram às quedas registradas são o corte do auxílio emergencial e o alto nível de desemprego, impossibilitando o aumento do poder de compra dos consumidores brasileiros, que precisaram optar pelas compras prioritárias e adiar outras”.
Na análise anual, abril de 2021 x abril de 2020, o índice mostra crescimento geral de 27,5%. O destaque fica para o segmento de Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática (36,1%). Em ordem decrescente estão, Materiais de Construção (32,9%), Veículos, Motos e Peças (29,5%), Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas (28,1%), Combustíveis e Lubrificantes (5,5%) e Tecidos, Vestuários, Calçados e Acessórios (-5,0%).