(19) 99889-0922

NO AR

Rádio Web Pop FM

radiowebpopfm.com.br

Blog

Há 30 anos, Nirvana e Red Hot Chili Peppers lançaram discos que mudaram a história do rock

Publicada em 30/09/21 às 07:52h - 124 visualizações

por Radio Web Pop FM


Compartilhe
 

Link da Notícia:

Há exatos 30 anos, as lojas dos EUA recebiam dois discos que, não é exagero dizer, mudaram de forma definitiva o cenário musical, a ponto de ainda hoje sentirmos o impacto deles. De um lado o ainda desconhecido Nirvana lançava “Nevermind”, seu segundo trabalho, e o primeiro por uma gravadora grande. Do outro, os Red Hot Chili Peppers vieram com “Blood Sugar Sex Magik”, o álbum que finalmente fez o quarteto explodir, depois de anos entre o underground e o “quase lá”.

Ambos os discos se tornaram clássicos e ajudaram de forma definitiva na explosão do rock alternativo que se veria nos meses seguintes. Por esse prisma é claro que o Nirvana causou o impacto mais profundo, afinal, a reboque dele também se viu uma revolução comportamental e social – com o termo “grunge” passando a fazer parte do cotidiano das pessoas. Tudo isso graças a uma música que conseguia soar acessível sem perder a visceralidade que caracterizava das bandas oitentistas do underground americano.

Assim, é até engraçado ver que tamanho monolito começou sua escalada no top 200 da Billboard, no dia 12 de outubro, em uma modestíssima 144ª colocação. Mas aqueles eram outros tempos, quando os discos não tinham o seu futuro decidido em sua semana de lançamento.

Enquanto as rádios e, principalmente, A MTV abraçaram “Smells Like Teen Spirit”, o álbum começou a vender mais e mais, até que, finalmente, no dia 11 de janeiro, o trio de Seattle chegou ao topo, desbancando Michael Jackson e tornando Kurt Cobain (ao lado) porta voz daquela geração.

No mundo todo, estima-se que as vendas do álbum já tenham ultrapassado as 24 milhões de cópias, graças não só ao seu maior single, mas também por canções como “Come As You Are”, “Lithium” e “In Bloom”, que também foram hits.

Ao mesmo tempo, quem levou o disco para casa viu que a banda tinha outras facetas, essas bem menos “amigáveis” para exibir. Elas estavam presentes nas baladas mórbidas “Polly” e “Something In The Way” e no seu total oposto, nas caóticas “Territorial Pissings”, “Stay Away”, “Breed” e “Endless Nameless”, uma faixa bônus que era ouvida depois de alguns segundos de silêncio após o final da última música.

“Nevermind” também sobrevive graças a algumas canções menos lembradas, mas que dão o suporte necessário para o trabalho: “Drain You”, “Lounge Act” e “On A Plain”, daquelas que os fãs costumam ter grande carinho mesmo que não sejam hits populares.

“Nevermind” poderia ser um disco datado, daqueles que só fazem sentido para quem o ouviu na época, afinal ele não era exatamente original, o talento de Cobain estava em saber absorver as mais diversas influências e combiná-las a seu modo, e a sonoridade deles seria tão imitada depois que se tornou quase que padrão.

Mas não é isso que acontece. “Nevermind”, e a figura de Kurt, seguem cativando as novas gerações e isso se dá pela força de suas músicas, que seguem atuais, pela produção de Butch Vig e, não se pode esquecer, as contribuições do baixista Kris Novoselic e do novo baterista, um ainda pouco conhecido músico chamado Dave Grohl, que ajudou – e muito – a levar àquelas composições para um novo patamar.

“Nevermind” já ganhou uma edição de luxo com vários extras, por ocasião de seu aniversário de duas décadas. Agora, ele vai ganhar outra repaginada e voltará ao mercado com a íntegra de quatro concertos em áudio e um deles também em vídeo.

Os Red Hot Chili Peppers já vinham em uma ascendente, que finalmente se cristalizou com “Blood Sugar”. O disco, bastante ambicioso com mais de 70 minutos e abrindo espaço para baladas e faixas mais experimentais, além da mistura de funk, punk e hard rock que os caracterizava, dava prova que o grupo finalmente havia atingido o seu potencial.

Entre os motivos para isso estão a estabilização do guitarrista John Frusciante – que infelizmente acabou por deixá-los logo depois, ao se ver impossibilitado de lidar com as pressões do megassucesso – e a presença do produtor Rick Rubin.

O barbudão, aliás, foi outro que se beneficiou demais com o sucesso do disco. Ele que já havia sido fundamental na popularização do rap – com suas produções para Beastie Boys e Run DMC – logo se tornaria um dos profissionais mais respeitados e influentes da indústria musical.

A escalada da banda californiana foi menos dramática. Ela começou no 14° posto, chegando à terceira posição. As vendas mundiais passam dos 13 milhões de cópias.

Óbvio que os dois maiores singles do disco ajudaram – e muito – nessas vendas. Tanto “Give It Away”, com a mistura exata de peso, funk e apelo pop, e a balada “Under The Bridge” tinham o poder de cativar novos ouvintes que correram às lojas atrás do trabalho.

O sucesso desses dois discos, e o destino de alguns de seus principais autores, também mostra as diferença entre o mundo dos anos 90 e o atual. Hoje em dia, não temos mais músicos com “sentimento de culpa” por causa do sucesso. Já naquela época, quando era raríssimo vermos grupos saídos do underground nos primeiros lugares, essa era uma questão a ser trabalhada.

Desnecessário lembrar que menos de três anos depois do lançamento de “Nevermind”, Kurt Cobain, àquela altura já entregue por completo ao vício por heroína, cometeu suicídio poucos meses depois do lançamento de “In Utero”, o derradeiro, e muito mais abrasivo, disco do trio.

Os Chili Peppers, sobreviveram e seguem na ativa ainda lançando discos e lotando estádios. Não que toda essa caminhada tenha sido fácil – eles também sofreram com vícios e com a mudança constante de guitarristas. O quarteto voltou a ter Frusciante em sua formação (esta é a terceira vez em que ele entra para a banda) e a expectativa por um novo álbum está alta.

É interessante lembrar também que a história das bandas se cruzaria justamente no Brasil – as duas foram escaladas para se apresentar no Hollywood Rock, em janeiro de 1993. Tanto nos shows do Rio quanto no de São Paulo, o Nirvana recebeu Flea, o baixista dos RHCP, para uma participação especial. Bem ao estilo da época, ele subiu ao palco não para tocar o seu principal instrumento, mas para fazer um inusitado solo de trompete.

Fonte: Vagalume





ATENÇÃO:Os comentários postados abaixo representam a opinião do leitor e não necessariamente do nosso site. Toda responsabilidade das mensagens é do autor da postagem.

Deixe seu comentário!

Nome
Email
Comentário
0 / 500 caracteres


Insira os caracteres no campo abaixo:


 
Vote na enquete
Em qual plataforma você costuma consumir notícias?

 Facebook
 Instagram
 Sites de Notícias
 WhatsApp







PEÇA SUA MÚSICA

(19) 99889-0922

Visitas: 927145
Usuários Online: 1004
Copyright (c) 2024 - Rádio Web Pop FM -