Mais de 20 anos depois ter sido gravado, finalmente "Toy", o álbum em que David Bowie recriou algumas de suas primeiras composições, ganhará um lançamento oficial. O cantor, morto em 2016, teve a ideia de revisitar algumas das músicas que gravou, sem sucesso, nos anos 60, no ano 2000, aproveitando a banda que o acompanhava ao vivo naqueles dias.
O inglês revisitou músicas como "Can't Help Thinking About Me", "The London Boys" ou "Conversation Piece", que era conhecida apenas por seus fãs mais ardorosos, mas com o clima do século 21. Ou seja, não houve uma tentativa de se fazer um disco "com cara de anos 60".
O problema é que a sua gravadora, a Virgin, passava por um de seus piores momentos - era o momento em que os downloads ilegais começaram a corroer a indústria da música - e os executivos não achavam que um disco de Bowie cantando velhas, e desconhecidas, músicas fosse comercialmente viável.
Descontente com a decisão, o cantor assinou com a Sony, mas preferiu entrar na nova companhia com um disco efetivamente novo, o bem recebido "Heathen", de 2002. "Toy" acabou sendo engavetado, ainda que uma versão tenha vazado por volta de 2011 - a dúvida sobre quem o colocou na Internet ainda persiste, e há mesmo quem creia ter sido uma decisão do próprio Bowie.
"Toy" fará parte do mais novo boxset dedicado à obra do artista, que será lançado em 26 de novembro. "David Bowie 5. Brilliant Adventure (1992 – 2001)" reunirá, como o título indica, toda a produção do músico nesses período. São cinco álbuns de estúdio ("Earthling", "Outside" e "hours…" entre eles), mais uma apresentação especial para a BBC, três CDs com faixas extras (lados B de single, músicas lançadas em coletâneas ou trilhas sonora). "Toy" terá espaço de destaque no caixote. Além do álbum original, mais dois CDs com versões diferentes, e também com duas músicas extras, serão incluídas no lançamento.
FONTE: VAGALUME