Sem o grande alarde usual das montadoras para medidas tão importantes, a Renault anunciou nesta segunda-feira, 7, a produção de uma nova plataforma e um motor 1.0 turbo no Complexo Industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, Paraná. Com ambos, também a fabricação de um novo SUV.
A montadora não informa qualquer prazo para a chegada dos novos produtos. Entretanto, em sua única manifestação oficial, uma nota, a empresa fez questão de afirmar que “a aprovação do acordo coletivo com o Sindicato dos Metalúrgicos da grande Curitiba (SMC) trouxe previsibilidade e flexibilidade, fundamentais para a aprovação desta nova plataforma, do novo SUV e do novo motor 1.0 turbo. O acordo tem duração de quatro anos (2020-2024)”.
Assim, tanto a novo plataforma, como o SUV e o motor 1.0 turbo devem estar no mercado antes de 2024 como frutos de um novo ciclo de investimento. Isso porque o pacote de R$ 1,1 bilhão, anunciado há um ano, se encerrará no primeiro semestre de 2022 e assegurou o lançamento dos SUVs Captur e Duster motor turbo 1.3 Flex, a atualização estética do Kwid e a linha 2023 do comercial leve Master 2023. Até o fim do ano chegará ao mercado ainda o Kwid E-Tec Electric, importado.
“A decisão de localizar a plataforma CMF-B no Brasil visa oferecer na América Latina o mesmo nível de conteúdo e qualidade que oferecemos mundialmente”, afirmou José Vicente De Los Mozos, vice-presidente Industrial Renault Group, no texto emitido depois que Luiz Fernando Pedrucci, presidente da Renault América Latina, e Ricardo Gondo, presidente da operação brasileira, anteciparam as novidades ao governo do Estado do Paraná.
“Esta decisão demonstra o início da fase “Renovation” do nosso plano estratégico Renaulution na América Latina. Seguimos trabalhando para a aprovação de outros produtos para os demais países da América Latina onde temos fabricação”, complementou Pedrucci.
A plataforma CMF-B é um produto da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi e sua adoção no Brasil confirma a estratégia do grupo de aumentar o compartilhamento de produtos entre as montadoras participantes.
Há cerca de dois anos a Aliança anunciou que pretendia reduzir o número de plataformas no Brasil de quatro para apenas uma para produção de sete modelos entre hatchs e SUVs das marcas Renault e Nissan. Em breve, portanto, a Nissan deve anunciar quais modelos sairão da nova plataforma, já que em meados do ano passado a empresa antecipou que terá dois novos produtos até 2023 no Brasil.
Fonte: George Guimarães/ AutoIndústria