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Influenciada pela queda dos combustíveis, inflação desacelera e fica em 0,23% em maio

Publicada em 08/06/23 às 10:35h - 52 visualizações

por Rádio Web Pop FM


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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio foi de 0,23%, ficando 0,38 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de abril (0,61%). No ano, o IPCA acumula alta de 2,95% e, nos últimos 12 meses, de 3,94%, abaixo dos 4,18% observados nos 12 meses anteriores. Em maio de 2022 a variação havia sido de 0,47%.

Período Taxa
Maio de 2023 0,23%
Abril de 2023 0,61%
Maio de 2022 0,47%
Acumulado do ano 2,95%
Acumulado nos últimos 12 meses  3,94%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em maio, sendo o maior impacto (0,12 p.p.) e a maior variação (0,93%) de Saúde e cuidados pessoais. Na sequência, vieram Habitação (0,67%) e Despesas pessoais (0,64%), contribuindo com 0,10 p.p. e 0,07 p.p, respectivamente. Os preços de Transportes (-0,57%) e Artigos de residência (-0,23%) recuaram em maio. Os demais grupos ficaram entre o 0,05% de Educação e o 0,47% de Vestuário.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Abril Maio Abril Maio
Índice Geral 0,61 0,23 0,61 0,23
Alimentação e bebidas 0,71 0,16 0,15 0,04
Habitação 0,48 0,67 0,07 0,10
Artigos de residência 0,17 -0,23 0,01 -0,01
Vestuário 0,79 0,47 0,04 0,02
Transportes 0,56 -0,57 0,12 -0,12
Saúde e cuidados pessoais 1,49 0,93 0,19 0,12
Despesas pessoais 0,18 0,64 0,02 0,07
Educação 0,09 0,05 0,01 0,00
Comunicação 0,08 0,21 0,00 0,01

Em Saúde e cuidados pessoais (0,93%), os destaques foram o plano de saúde (1,20%), os itens de higiene pessoal (1,13%), com destaque para a alta dos perfumes (3,56%), e os produtos farmacêuticos (0,89%), após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março. 

No grupo Habitação (0,67%), a maior contribuição (0,05 p.p.) veio da taxa de água e esgoto (2,67%), devido a reajustes aplicados em seis áreas: Recife (10,79%), com reajuste de 11,20%, a partir de 28 de abril; São Paulo (6,17%), com reajuste de 9,56%, a partir de 10 de maio; Aracaju (4,60%) com reajuste de 4,92%, a partir de 1º de maio; Curitiba (3,44%), com reajuste de 8,20%, a partir de 17 de maio; Belém (0,54%), com reajuste de 8,33%, a partir de 28 de maio; e Goiânia (0,44%), com reajuste de 7,02%, a partir de 1º de abril.  

energia elétrica residencial (0,91% e 0,04 p.p.) também subiu, por conta de reajustes aplicados em seis áreas: Salvador (5,95%), com reajuste de 8,28%, a partir de 22 de abril; Recife (5,18%), com reajuste de 8,33%, a partir de 14 de maio; Fortaleza (3,71%), com reajuste de 4,85%, a partir de 22 de abril; Campo Grande (2,47%), com reajuste de 9,80%, a partir de 8 de abril; Belo Horizonte (1,48%), com reajuste de 14,69%, a partir de 28 de maio; e Aracaju (1,47%), com reajuste de 1,82%, a partir de 22 de abril. 

Ainda em Habitação, a queda nos preços de gás encanado (-0,59%) decorre de reduções tarifárias de 3,05% em Curitiba (-2,85%) e de 0,59% no Rio de Janeiro (-0,55%), ambas a partir de 1º de maio.  

Em Despesas pessoais (0,64%), destaca-se a alta de 12,18% nos jogos de azar, após reajuste médio de 15,00% no valor das apostas, a partir de 30 de abril. Cinema, teatro e concertos (1,06%), alimento para animais (0,95%) e empregado doméstico (0,24%) também registraram alta em maio. 

A desaceleração observada no grupo Alimentação e bebidas (de 0,71% para 0,16%) foi influenciada pela alimentação no domicílio, que passou de 0,73% em abril para uma estabilidade em maio. No lado das altas, os destaques foram o tomate (6,65%), o leite longa vida (2,37%) e o pão francês (1,40%). Por sua vez, houve queda nos preços das frutas (-3,48%), do óleo de soja (-7,11%) e das carnes (-0,74%).

alimentação fora do domicílio variou 0,58%, abaixo do registrado no mês anterior (0,66%). Houve desaceleração nos preços do lanche (de 0,93% em abril para 0,71% em maio) e da refeição (de 0,51% em abril para 0,47% em maio). 

A queda do grupo Transportes (-0,57% e -0,12 p.p.) foi influenciada pelo recuo nos preços das passagens aéreas (-17,73%). Além disso, destaca-se o resultado de combustíveis (-1,82%), por conta das quedas do óleo diesel (-5,96%), da gasolina (-1,93%) e do gás veicular (-1,01%). O etanol (0,38%) foi o único combustível a registrar alta em maio.

Ainda em Transportes, as tarifas de metrô (0,91%) sofreram reajuste de 6,15% no Rio de Janeiro (2,53%), a partir do dia 12 de abril. A alta de 2,83% em ônibus urbano deve-se ao reajuste de 33,33% em Belo Horizonte (25,00%), a partir de 23 de abril. Em ônibus intermunicipal (0,15%), houve reajuste médio de 5,77% em Campo Grande (0,78%), a partir de 1º de abril.

Fonte: IBGE



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