Isolamento social e grana mais curta levaram 72% das pessoas a adotar o hábito de cozinhar em casa durante a pandemia. Também entram na lista de “novo normal” se exercitar na residência (42%), cortar gastos com roupas e calçados (42%), deixar de viajar (30%) e usar mais os serviços online (46%).
A nova rotina de consumo dos “quarenteners” foi mensurada pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) em pesquisa com 400 pessoas apresentada ontem.
Mais do que o medo de se contaminar, o principal motivo apresentado para as mudanças foi a redução na renda familiar, resposta de 52% entre os que precisaram se adaptar.
“A pandemia fez aumentar a preocupação com o orçamento doméstico. Os supérfluos foram cortados neste momento. Acreditamos que hábitos como o de cozinhar em casa devam continuar para depois da crise também”, diz o assessor econômico da FecomercioSP Guilherme Dietze.
A pesquisa mostra que as famílias passaram por cortes inclusive em itens básicos, como alimentação e remédios, no caso de 22% dos pesquisados.
Para quando acabar a pandemia, os desejos de consumo são diferentes de acordo com a classe social. Os que recebem menos de um salário mínimo querem comprar roupas e calçados. A classe média mira os eletrônicos e os mais ricos, as viagens.
Dietze acredita que a população deve retomar o consumo nas ruas com a redução de casos da doença. “O comércio eletrônico foi bastante utilizado, mas ele dificulta compras de roupas e acessórios, por exemplo, que precisam ser provados. A opção é utilizada mais pelos jovens.”
Fonte: Band.