No próximo domingo, dia 15 de novembro, eleitores de todo o país vão às urnas para o importante exercício da cidadania. No total, são mais de 147 milhões de pessoas que poderão escolher seus representantes na esfera municipal pelos próximos quatro anos. Mais do que nunca, exercer a cidadania em meio à pandemia requer muito mais que o ato de votar.
Exigirá também uma atenção especial com a saúde. Ainda que os índices apontem redução no número de casos, o vírus SARS-Cov-2 (o novo coronavírus, causador da Covid-19) continua com transmissão ativa no país, por isso o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) adotou um plano de segurança sanitária, com objetivo de evitar riscos de contágio do novo coronavírus durante o processo eleitoral.
Dentre as medidas anunciadas, estão a mudança no horário de votação: as eleições, que originalmente ocorriam das 8h às 17h, serão realizadas das 7h às 17h. Além disso, para garantir a segurança da população e dos mais de 2 milhões de mesários nos mais de 95 mil locais de votação, a regra será redobrar as medidas de proteção e prevenção e seguir as recomendações sanitárias.
“A votação é sempre um momento extremamente importante para toda a sociedade, mas desta vez será preciso uma série de cuidados extras antes mesmo da hora de votar. Há muitas etapas que podem ser seguidas para ajudar a reduzir significativamente os riscos nesta pandemia. O eleitor pode, por exemplo, começar confirmando antes do dia 15, seu local de votação e se planejar para votar em horário menos movimentado. Quanto mais preparado o eleitor estiver, menos tempo ficará no local de votação”, observa o médico do Grupo Sabin, Alex Galoro.
Outra observação destacada no plano sanitário do TSE é deixar o horário das 07h às 10h reservado para as pessoas com mais de 60 anos para facilitar o fluxo nas seções eleitorais, que contarão com unidades de álcool em gel para que cada eleitor higienize as mãos antes e depois de votar. Ainda devido a pandemia, a identificação biométrica foi desabilitada para minimizar aglomeração e filas, e garantir menor contato possível do eleitor com objetos e superfícies.
Sendo assim, o eleitor precisará apresentar documento oficial com foto e assinar o caderno de votação. “Uma boa estratégia para agilizar o momento da votação é levar a própria caneta para assinar os documentos”, exemplifica.
O especialista destaca ainda que se for uma opção, deixar as crianças em casa é mais seguro. “Levar crianças com você pode aumentar consideravelmente o risco de exposição à Covid-19. Se você é quem cuida das pessoas da casa, peça a alguém para ficar de olho nos familiares enquanto vai à seção eleitoral. Se proteger e ajudar a prevenir a circulação do vírus também é um exercício de cidadania”, afirma.
“No próximo dia 15, nos locais de votação evite o contato próximo e tente ficar a pelo menos 2m de distância das outras pessoas. Usar máscara e evite tocar em superfícies. Leve uma máscara extra e não esqueça do álcool em gel”, conclui. Na verdade, segundo o TSE, será obrigatório o uso de máscara pelo eleitor no dia da eleição. A medida também vale para mesários – que, além das máscaras, utilizarão face shields.
O própria TSE garantiu que haverá álcool em gel para higienização das mãos nas seções eleitorais e álcool líquido para higienização de superfícies e objetos, com exceção da urna eletrônica, que só pode ser higienizada por técnicos especializados.
Por fim, quem for infectado pelo novo coronavírus a partir do início do mês não poderá votar nas eleições municipais de 2020. A determinação faz parte do Plano de Segurança Sanitária do TSE, que traz a mesma orientação a mesários. De acordo com o documento, quem contrair a doença 14 dias antes do pleito, que começou a contar no último domingo (1º/11), não pode comparecer às urnas.
ELEIÇÕES EM NÚMEROS
As Eleições Municipais 2020 acontecem no dia 15 de novembro, em 95 mil locais de votação. No total, são 401 mil seções eleitorais, para atender os mais de 147 milhões de eleitores. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, para 1º turno foram convocados mais de 2 milhões de mesários. Em todo o país, 5.568 concorrem ao cargo de prefeito e 57.942 disputam pelas vagas nas Câmaras Municipais.