Agnaldo Timóteo, 84 anos, morreu na manhã deste sábado (3), por complicações da Covid-19. O cantor e político estava desde 17 de março internado por causa da doença. A informação da morte do artista foi confirmada pelo Instituto Funjor.
“Agnaldo Timóteo viverá eternamente em nossos corações! A família agradece todo o apoio e profissionalismo da Rede Hospital Casa São Bernardo nessa batalha. A família informa que a Corrente de Fé, com pensamentos positivos e orações, permanecerá, em prol da cura final dessa doença e pelos que ainda estão lutando”, informou a assessoria.
“Temos a convicção que Timóteo deu o seu Melhor para vencer essa batalha e a venceu!”, escreveu a equipe do cantor.
Famosos reagiram com a notícia da morte da estrela da música brasileira. “Descanse em paz Agnaldo Timóteo, meus sentimentos aos familiares e fãs!”, escreveu Wesley Safadão.
“Que notícia triste, meu Deus! Agnaldo se foi… Mais um perdendo para esta maldita. Já não sei mais o que pensar! Ele tomou as 2 doses da vacina é? Fica aqui o meu sentimento”, desabafou Roberta Miranda. Agnaldo Timóteo tomou a primeira dose da vacina contra a Covid-19, mas não a segunda.
“Que triste, o nosso amigo se despediu. Meus sentimentos aos familiares, amigos e fãs do Agnaldo. Descanse em paz”, declarou Celso Portiolli, apresentador do SBT. “Sempre me tratou com muito respeito quando a gente se encontrava nos bastidores da TV nos anos 80. Brasil perde um grande cantor”, destacou Ritchie.
Trajetória
Agnaldo Timóteo Pereira nasceu em Caratinga, Minas Gerais, em 16 de outubro de 1936. Ele iniciou sua carreira em programas de calouros na rádio local. Viveu a adolescência e Governador Valadares e Belo Horizonte, época em que ficou conhecido como “Cauby Mineiro”.
Quando mudou para o Rio de Janeiro, Timóteo continuou na carreira artística, mas fez outros trabalhos como ser motorista da cantora Ângela Maria. O seu primeiro sucesso foi em 1965, no programa Rio Hit Parade, quando cantou e viu o interesse da gravadora EMI-Odeon em seu talento. Na época, ele registrou os seus primeiros LPs, como Surge Um Astro, que ganhou versões internacionais.
Em 1976, Agnaldo lançou Obrigado Querida, mas foi com Meu Grito, de Roberto Carlos, que sua carreira emplacou. Depois, ele gravou mais de 50 álbuns nos anos seguintes.
Da carreira musical, Agnaldo mergulhou na vida política e foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro em 1982, pelo PDT, com mais de 503 mil votos. Após um desentendimento com Leonel Brizola, ele se transferiu para o PDS, onde tentou o governo do Rio de Janeiro, na eleição de 1986, mas foi derrotado nas urnas. Ele foi deputado federal nos anos de 1990, 1994, foi vereado pelo Rio em 1996 e por São Paulo em 2004 e 2008.
Um dos seus momentos mais marcantes na TV foi durante uma participação no Superpop, quando ele disse que não era gay. “Completamente equivocado. Quem conhece, sabe que não. Nem assumido, nem desassumido, sou Agnaldo Timóteo”, respondeu para um jornalista, em 2011.