O vice-presidente Hamilton Mourão falou com jornalistas na entrada do Palácio da Alvorada nesta sexta-feira (22) — (Foto: Guilherme Mazui/G1)
O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, afirmou nesta sexta-feira (22) que furar a fila da vacinação é “falta de solidariedade” e “até de caráter”. Ele ainda fez um apelo para que as pessoas se conscientizem sobre a importância de obedecer o cronograma de prioridades para vacinação contra o novo coronavírus.
O Ministério Público está investigando suspeitas de pessoas que estão furando fila em pelo menos 12 estados e no Distrito Federal. O Brasil começou oficialmente a vacinação para uso emergencial da CoronaVac obtidas pelo Instituto Butantan esta semana. De acordo com o governo federal, devem ser imunizados primeiro as pessoas de grupos prioritários, são eles: profissionais de saúde que estão na linha de frente ao combate ao vírus.
“É necessário também que as pessoas se conscientizem que cada um tem que comparecer de acordo com o seu grupo para ser vacinado, e não procurar atropelar o processo. Isso aí denota uma falta de solidariedade, uma falta de, vamos dizer assim, até de caráter de pessoa que faz isso”, disse o vice-presidente.
Mourão ainda disse que se o processo de imunização for respeitado de acordo com o plano do governo, o Brasil terá 150 milhões de pessoas vacinadas até o final do ano.
"Se cada um avançar na hora que está previsto, vamos chegar ao final do ano com 150 milhões de pessoas vacinada e em uma situação bem confortável".
(Foto: Divulgação / Governo do estado de S. Paulo)
Até o momento, o país tem disponível para aplicação 6 milhões de doses da CoronaVac, obtidas pelo Instituto Butantan, que foram distribuídas entre os estados. Essa quantia ainda não é o suficiente para cobrir os grupos prioritários. Vale lembrar que nesta sexta-feira (22), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vai analisar a liberação de mais 4,8 milhões de doses da vacina da Sinovac, além de aguardar a chegada de mais 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford, exportada pela Índia para o Brasil.
O Brasil está correndo atrás da liberação dos insumos para a produção da vacina no Butantan e na FioCruz. A China, exportadora do insumo para o Brasil, recebeu pedidos do mundo inteiro, o que gerou o atraso nas entregas. Em conversas com autoridades brasileiras, a embaixada da China e Brasil disseram que a exportação para o país depende de alguns entraves burocráticos.