A única exceção observada foi a RecordTV, que experimentou crescimento de audiência nos últimos anos.
Um estudo sobre a audiência da TV aberta brasileira, feito pelo Kantar Ibope Media, revelou que as emissoras perderam quase metade do seu público em apenas 20 anos. A única exceção foi a RecordTV, que surpreendeu ao agregar audiência, enquanto todas as outras redes despencaram nesse quesito.
A RedeTV e o SBT foram os canais abertos que mais perderam espectadores. O primeiro caiu em 57% no índice share, que mede o número de TVs ligadas nas 24 horas do dia. O SBT, por sua vez, apresentou uma queda de 52%. A Band não fica muito atrás, com uma redução de 37% em seu público.
A Rede Globo também não tem motivos para celebrar. A emissora perdeu 1 em cada 3 telespectadores nos últimos anos. Medindo em pontos de Ibope, a rede de Roberto Marinho declinou de 20,5 pontos a 15,3 desde 2001.
O “CURIOSO” CASO DA RECORDTV
Em vez de queda na audiência, a rede da família Macedo experimentou um crescimento expressivo de 28%. Enquanto em 2001 o índice share da emissora foi fixado em 9,2%, vinte anos depois a rede conquistou a marca de 11,8%. O número ultrapassou o do SBT, que começou o novo milénio com 25% e caiu para 11,4%.
O crescimento observado na rede Record vem, em grande parte, dos investimentos que a diretoria têm feito nos últimos anos na contratação de estrelas, em produção de novelas bíblicas de qualidade, em reality shows e em noticiários.
PARA ONDE FORAM OS TELESPECTADORES?
Se o público da televisão aberta foi tão reduzido nos últimos anos, é inevitável que surja o questionamento: para onde foram os telespectadores?
Os olhos que se desprenderam das telas da TV apenas se desviaram para outros monitores. Mídias como celulares, tablets, jogos, redes sociais e, é claro, os serviços de streaming têm atraído a atenção de diversas gerações.
Mesmo assim, é importante ressaltar que a televisão aberta representa uma grande potência e ainda possui o maior alcance comunicador dentre as outras mídias. Contudo, a cada dia mais se faz necessário que os meios tradicionais ocupem também esses novos espaços, para que não fiquem para trás.
Fonte: Pleno News