18 anos depois de "Everybody Loves a Happy Ending", finalmente os Tears For Fears lançaram um novo trabalho. Nominalmente, "The Tipping Point" é o sétimo álbum do duo formado por Roland Orzabal e Curt Smith, mas apenas o quinto que, de fato, foi feito pelo duo - na década de 90 eles se separaram e os dois LPs lançados naquela década foram discos solo de Orzabal lançados como dos Tears For Fears.
"The Tipping Point" se mostra um belo trabalho. Só não esperem ouvir dois artistas com, atualmente, 60 anos tentando emular as suas versões de quatro décadas atrás e muito menos correndo atrás das últimas tendências da música pop. Ainda que, claro, essa longa história não seja ignorada.
O disco soa maduro, forte, reflexivo, com músicas que deverão surpreender quem esperava escutar um álbum totalmente marcado por sonoridades retrô - o que sequer seria um grande pecado, já que os timbres de sintetizador da década de 80 se tornaram onipresentes em boa parte da produção últimos anos.
Talvez, a melhor forma de descrevê-lo seja como um álbum de formato clássico, inclusive em sua apresentação - 10 músicas em 42 minutos exatamente como "The Hurting", a estreia deles de 1983.
Há algumas canções com andamento mais acelerado, como a faixa título já conhecida pelos fãs, ou "", uma das mais oitentistas do pacote, mas as baladas ou faixas mais lentas estão em maioria.
Ainda que nada aqui, ao menos nas primeiras audições, tenha o mesmo poder cativante de "Everybody Wants To Rule The World", "Head Over Heels" ou "Mad World", vale dizer que nenhuma dessas dez músicas soam abaixo da média. Isso significa que elas têm tudo para se encaixarem bem nos shows do duo quando forem mostradas entre um e outro grande clássico de seus três primeiros discos - os responsáveis por terem lhes dado uma carreira tão longeva.
FONTE: VAGALUME NEWS