Os peixes dente-de-presa, às vezes chamados também de peixe-ogro, têm uma aparência tenebrosa, isso porque possuem dentes enormes quando comparados ao seu tamanho. Esses animais são encontrados entre 200m a 2000m de profundidade, mas já foram avistados no oceano mais profundo, há quase 5000m. Podendo ser encontrados em águas de todo planeta, exceto na nas áreas polares, eles geralmente vivem em mar aberto, longe da terra.
São dificilmente vistos por humanos, isso porque além do local onde podem ser encontrados, os peixes-ogro quando sobem à superfície, fazem isso a noite para se alimentar. O Instituto de Pesquisa do Monterey Bay Aquarium só o avistou 8 vezes em todos os 30 anos que o instituto realiza expedições no mar.
Os animais geralmente não andam em grupos e não ocorrem com mais frequência em nenhum lugar, eles estão bem distribuídos por todos os mares do planeta, exceto os polares. A fecundação do peixe dente-de-presa é externa, onde a fêmea libera os ovos no oceano e o macho os fertiliza depois.
A dieta dos peixes dente-de-presa
Os peixe-ogro possuem dentes maiores que qualquer outra espécie marinha, segundo o Smithsonian Institution. Elas são usadas para agarrar e segurar suas presas, que podem ser difíceis de serem encontradas na profundidade em que vivem. No seu cardápio há peixes menores, camarões, lulas e polvos, mas eles basicamente podem comer tudo que passar por perto deles. “Eles são vorazes – parecem comer qualquer coisa que caiba em suas bocas” pontua Tracey Sutton, professor do Guy Harvey Oceanographic Center na Universidade da Flórida, em entrevista à Newsweek.
Os seus predadores são atuns e espadins, mas os peixes dente-de-presa possuem estruturas úteis para escapar deles. A sua coloração escura contribui para que se camuflem no fundo do oceano, onde a luz não chega. Além disso, mesmo tendo uma visão horrível, sua linha lateral, um sentido sensorial dos peixes e anfíbios, é curiosamente saliente. “Ele tem um arranjo complexo de nervos em sua cabeça. De certa forma, ele ‘ouve’ com o rosto”, aponta Sutton.
Fonte: Olhar Digital