Está repercutindo muito no meio político e entre apoiadores do Presidente Bolsonaro, a declaração feita ontem pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, sobre o temor de um atentado fatal ao Presidente. Ele disse estar "muito preocupado" com o extremismo em 2022. A declaração foi feita ontem durante a formatura do Curso de Aperfeiçoamento e Inteligência, para agentes já em atividade na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Segundo Heleno, é preciso agir para evitar a adoção por parte dos extremistas, da “solução mais rápida: eliminar o presidente da República”. Segundo reportagem do jornal Metrópoles, que teve acesso ao conteúdo da gravação.
O General , que é um dos mais próximos e fiéis assessores de Bolsonaro, comentou ainda que recorrerá a várias religiões para rezar pela vida do Presidente no ano eleitoral, e que precisa usar remédios psiquiátricos diariamente, explicando o motivo: “dois Lexotan na veia”, que segundo ele são para não levar Bolsonaro a tomar “uma atitude mais drástica” contra o STF.
Heleno, como chefe do GSI, também comanda a ABIN, sendo o responsável por zelar pela segurança do Presidente, seus familiares e Ministros do Planalto.
“Tenho uma preocupação muito grande com esse 2022, porque acho também que uma medida muito simples para mudar, em dez segundos, 20 segundos, totalmente o panorama brasileiro. Um atentado ao presidente da República bem-sucedido modifica totalmente a história do Brasil. Tenho plena consciência disso”, afirmou Heleno.
Muito consciente sobre a repercussão de sua fala, ele ainda argumentou e ressaltou que os agentes serão ainda mais importantes nesse período, para evitar um eventual atentado, voltando a apelar para a fé, todos os dias, e que apesar de todo o preparo que está sendo feito e realizado em termos de segurança, não se furtará em rezar, orar ou pedir o que for em termos de religiosidade, a quem quer que seja, nas igrejas católicas, evangélicas, centros espíritas e “tudo o que tiver por aí”. O objetivo da peregrinação é torcer para que Bolsonaro não seja “eliminado”.