Gilberto Gil acaba de se tornar imortal. O cantor e compositor foi escolhido para fazer parte da Academia Brasileira de Letras. O baiano, que completou 79 anos em junho, irá ocupar a cadeira 20, que estava vaga desde a morte de Murilo Melo Filho em maio do ano passado. Ele também será o segundo afrodescendente na instituição, ao lado de Domício Proença Filho.
Com 21 votos, Gil superou o poeta Salgado Maranhão (7 votos), e o autor e crítico de literatura Ricardo Daunt (com nenhum). No total, participaram da eleição 34 acadêmicos, de maneira presencial ou virtual. Quatro acadêmicos votaram em branco e dois anularam. Os números foram menores do que os obtidos por Fernanda Montenegro na semana passada. A atriz foi eleita com 32, de 34 votos.
Para poder fazer parte da Academia é preciso que o postulante tenha escrito pelo menos um livro. No caso de Gil, o volume que compila todas as suas letras, foi considerado válido.
”Gilberto Gil traduz o diálogo entre a cultura erudita e a cultura popular. Poeta de um Brasil profundo e cosmopolita. Atento a todos os apelos e demandas de nosso povo. Nós o recebemos com afeto e alegria”, disse o presidente da ABL, Marco Lucches, em saudação ao novo membro.
Cantor e compositor é o segundo afrodescendente a fazer parte da instituição.