Com o argumento de que "ele não deveria ter permitido o curso na gruta por causa das condições climáticas", o delegado de polícia Rodrigo Salvino Patto indiciou por homicídio culposo, o empresário Sebastião Abreu, pela morte de nove bombeiros civis que foram soterrados, e morreram, após o desabamento do teto da gruta Duas Bocas, em Altinópolis, região Metropolitana de Ribeirão Preto.
Abreu é proprietário da empresa Real Life, responsável pelo curso e treinamento que estavam sendo realizados na gruta. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público. Em novembro um laudo elaborado por entidades como Defesa Civil, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), apontou que a causa do desabamento ocorreu em virtude da característica da rocha e da perda estabilização de suas estruturas devido às chuvas que caiam na região.
Em entrevista à imprensa na época do acidente, o delegado já adiantava que "a Polícia Civil do Estado de São Paulo ainda pelos depoimentos prestados pelos sobreviventes, entende que o fato ocorreu em razão de evento da natureza, em caso fortuito, não havendo no que se falar em responsabilidade criminal. Há que se salientar que isso não afasta a responsabilidade civil da empresa, ou seja, a obrigação dela de reparar o dano causado direta ou indiretamente a todas às famílias das vitimas desse trágico acidente".